Elis perpetuou-se por ser um ícone da MPB e com versos que levantam entre outros temas, problemas sociais, letras que inspiraram a carreira de vários MCs, como é o caso do MC Criolo que na madrugada desta quinta-feira (19) mostrou para o Brasil seu “Nó na orelha”, o cd que é uma mistura de livros e poesias, rabiscos dos 23 anos de carreira e sentimentos.
Pesquisando um pouco mais sobre a vida da cantora, encontrei similaridades que podem comparar a vida artística de Elis à vida de uma MC. A primeira delas é a presença de Elis em um cenário maciçamente masculino, o comportamento forte da cantora também eleva nomes como Carol (Realidade Cruel), Flora Matos, ao mesmo nível que Elis, feminina, guerreando por meio de sua voz com homens fortes, mas que se rendiam ao encantamento da cantora, abriam ala, e se viam surpreendidos não pela beleza, mas sim pela musicalidade e voz de Elis.
Outro MC que integra valores musicais vindos da MPB e carrega uma dose de Música Popular Brasileira as suas canções e o músico Felipe Rima que se diz aficionado pelo estilo musical e faz questão de mesclá-lo ao seu Rap, além é claro das poesias musicadas outra paixão levada em suas letras. O recém-lançado álbum “Entre o Batuque do Coração e a Poesia da Vitória” é um exemplo compacto do trabalho do músico com a MPB e a fusão com o ritmo e a poesia originários do rap. Claro que ali há, também, muito da crítica social presente nas canções de Elis, bem como a musicalidade imposta pela cantora.
Já o grupo Função Original faz a soma de Rap com samba criando um estilo particular, produzindo um rap malandreado uma pegada diferente, que como música cabe tanto numa roda de samba como numa roda de rima. Sobre a Elis, os jovens Renan e Leo enxergam nela a tradução de uma música além ritmo, inspiração na hora de compor o Rap/Samba usando a feminilidade malandreada da cantora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe seu comentário