terça-feira, 26 de outubro de 2010

Silêncio

Silencio

Foi naquele dia que o silencio imperou.
Foi forte traiçoeiro trazia dor.
Aconteciam diversos lampejos que meu peito confortou.
Meus olhos respondendo e assim se declinou.

Com a velocidade da luz e mais lento que o próprio pensamento.
Outra vez ao relento na viagem o congelamento num momento propenso.
Inesperado aconteceu, meu peito adormeceu o coração acolheu.
O silencio ocorreu.

A noite parece trazer a impunidade e com ela vem o mau caráter.
O vento o frio peculiar do nosso bairro, coisa de momento.
Lá vem o carro em alta velocidade tentando invadir privacidade.
É comum nessa triste cidade ser invadido e agradecer por não ser penalizado.
Silencio, silencio.

Não corre, escuta se apavorar tem um revolver em sua nuca.
Espere, acredite é somente averiguação se não houve reação eles vão embora presta atenção.
Encosta todos os cinco não tem nada a dever eles revistam já eles voltam para o role.
Foi tudo muito rápido coisa de instantes e lá vai os quatro mais se era cinco ta faltando o vulgo (Preto) o neguinho.

Nesse tempo já não há ninguém na rua que possa ver, o neguinho ser levado sem ter nada a dever.
Pele escura, vida dura para nós da comunidade um guerreiro, para a polícia diversão da madruga, para matar mais tarde a noite escura dos covardes.
Silencio e no peito uma bala que arde e mesmo que seja tarde esse não volta mais.

Os quatro correndo em disparada sem destino certo apenas fugindo da bala.
Se alguém viu, fingiu não ver e se a noite é de ninguém é menos um preto a sobreviver.
No silencio da madrugado os sobreviventes com calma se é que isso possível fosse sem alarde, e com a morte do preto que era preto não só no nome e que virou brincadeira dos homi.

Olharam-se entre eles e puderam concluir porque mataram o neguinho e nos deixaram fugir.
Na mesma pergunta a resposta o nosso companheiro que trabalhava e que era um gladiador era NEGRO e os outros BRANCOS de cor.
E para mídia que insiste em dizer que o racismo acabou eu mando essa mensagem de dor.
Que a cada negro que morre o branco vira doutor.

Silencio, silencio...
Era o que dizia o apresentador, o negro morreu porque com ele droga se achou.
Porem todos sabe que a morte do gladiador da periferia tinha apenas um motivo.
E na comunidade morre nosso gladiador por conta da madrugada e por causa da sua cor.
E o silencio mais uma vez se calou...

Por: André Luiz (@SempreAndre)

Um comentário:

  1. Funcao original parabens ppor vcs eu estou muito feliz pq dez de quando vcs começaram ate hj de cabeça ergida subiuu ao mais dos topos... espero q nunca teja fim pq a caminha é longa mais pra vc deus facilita pra vcs q é vencedores, na vida nem tudo é ganha tem a perde... mais q deus ilumine seus caminhos, amo vcs funcao original... com amor stefhanii...

    eu sou subrinha da eneida e do ismenio...

    Bjus amo vcs...♥♥♥♥

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